Eu vi uma criança hoje
Alegre, divertida e espontânea
A simplicidade e humildade em forma de pessoa
Surpreendentemente ela brincava com um peão
Eu não via um desses há muito tempo
De giro em giro, o peão fazia a criança dar gargalhadas cada vez mais altas
Todos ao redor encaravam-na, questionando o que havia de tão engraçado
As outras crianças, projetos incompletos de adultos, ocupavam-se mais com seus "tablets" e celulares
Albert Einsten tinha razão:
"O mundo em que a tecnologia sobrepôs a humanidade, é um mundo cercado de idiotas".
Ou algo assim...
Enquanto brincava, a criança avistou uma outra sentada na grama
Aparentemente triste e indubitavelmente entediada
Ela estava suja, usando maltrapilhos e ao perceber que a outra criança se aproximava,
encolheu-se em posição fetal; com medo
A primeira criança recolheu seu peão do chão,
caminhou até a outra e num gesto adorável, convidou-a para brincar
Enquanto as gargalhada das duas crianças podiam ser ecoadas em todo o parque
Chegando com um longo vestido vermelho, eu vejo a mãe da criança dona do peão
Pessoa desprezível
Egocêntrica, interesseira e materialista
"O que você está fazendo, menino!?"
"Sai de perto desse moleque fedido!"
Ela diz, puxando a criança pelo braço
Sim, eu a conhecia
Em fato, não há em todo universo uma mulher mais maligna que ela
Capaz de cometer crimes ardilosos e premeditados apenas para satisfazer seus desejos mais mesquinhos
Se existe algo ou alguém que eu odeie
Essa seria a pessoa
Isso me fez pensar por alguns instantes
Será que uma criança tão pura terá o mesmo futuro?
Ou essa mesma criança foi trazida ao mundo para mostrar a sua mãe o significado das boas condutas?
O que eu realmente não entendo é:
Como um criança com intenções tão admiráveis, crescerá ao lado de certa pessoa?
Há alguma esperança para ela?
Eu acredito que não...
Nilton Bruno
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