EU ESTOU ME FORMANDO.
Eu deveria olhar para isso como uma experiência positiva.
Especialmente estando no topo da minha sala de aula.
Entretanto, em retrospecto, eu não posso dizer que sou mais inteligente que meus colegas.
Eu posso afirmar que eu sou apenas a melhor em fazer aquilo que me foi dito pelo sistema de trabalho.
Sim, aqui estou, e eu supostamente deveria estar orgulhosa por completar esse período de doutrinação.
Eu vou deixar o outono seguir para a próxima fase esperada de mim, a fim de receber um documento de papel que certifica de que sou capaz de trabalhar.
Mas contesto que eu seja um ser humano, uma pensadora, uma aventureira - não uma trabalhadora.
Um trabalhador é alguém que está preso à repetição.
Um escravo do sistema criado antes dele.
Mas agora, eu mostrei com sucesso que sou a melhor escrava.
Eu fiz o que foi me dito ao extremo.
Enquanto outros sentavam em aula e rabiscavam para mais tarde se tornarem grandes artistas,
Eu sentava em aula para fazer anotações e me tornar uma ótima fazedora de provas.
Enquanto outros iam a sala de aula sem os seus deveres de casa pois eles estavam lendo sobre algo interessante a eles, eu nunca perdi um exercício.
Enquanto outros estavam criando músicas e escrevendo letras, eu decidi fazer crédito extra, mesmo nunca precisando fazê-los.
Eu fico pensando, por quê eu quis essa posição?
Claro, eu mereci isso, mas o que virá disso?
Quando deixar o institucionalismo educacional, eu terei sucesso?
Ou serei para sempre esquecida?
Eu não tenho idéia sobre o que quero fazer com minha vida.
Eu não tenho interesses, pois eu vi todo assunto de estudo como trabalho.
E eu me destaquei em cada assunto apenas pelo propósito de me destacar, não aprender.
E francamente...
...AGORA EU ESTOU ASSUSTADA.
Erica Goldson.
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